Cada vez mais nos deparamos em nosso dia-a-dia com mudanças decorrentes da alta velocidade do avanço tecnológico. Já repararam em quantas coisas evoluiram na última década? Poderia citar aqui inúmeros exemplos desse tipo.
O mundo da moda também não poderia ficar de fora. E é sobre ele que eu vou falar…
Foi-se o tempo em que as novas coleções eram vistas primeiramente por um seleto grupo de pessoas atuantes na área, e somente seis meses depois chegavam às prateleiras e araras das lojas, para enfim o consumidor final ter acesso.
Com um mundo a um clique da nossa palma da mão através dos smart phones, tudo começou a mudar. O consumidor passou a ter conhecimento do que está acontecendo através de sites especializados, blogs e rede sociais. Com isso não se sente mais satisfeito em ter que esperar tanto tempo para adquirir o desejo de agora! O imediatismo tomou conta do cenário!
Os estilistas e todo a equipe por trás das grandes e até mesmo das pequenas marcas estão tendo que enfrentar esse novo desafio. A meu ver quem não se adequar aos novos moldes, com absoluta certeza perderá espaço e ficará obsoleto. Dessa forma, a revolução já está acontecendo. O futuro já é agora!!! Marcas renomadas prometem lançar sua coleção e disponibilizá-la para vendas no dia seguinte à apresentação.
Nesta semana de moda que está acontecendo em Nova Iorque, podemos observar várias grifes se adiantando no quesito inovação! Tudo para conquistar o público e atrair mais olhares para seu produto.
Transmissão dos desfiles em tempo real, como foi o caso da Tommy Hilfiger (clique e veja aqui), que convidou a todos “meros mortais” para assistirem ao conteúdo em seu website.
Um show com apresentação de maneira bem informal, ao invés das tradicionais passarelas, como A DVF, que “causou” com as modelos dançando como se estivessem em uma festa. Tudo isso acontecendo no seu próprio QG com duração de mais ou menos uma hora – bem mais que os quinze a vinte minutos de catwalk! Sem falar que os convidados podiam chegar bem perto a ponto de poderem tocar e sentir os tecidos. Com certeza conseguiu milhares de compartilhamentos no Instagram, vídeos no Snap e visualizações em todas as redes sociais.
Depois disso tudo quero levantar uma importante questão. Será que com essa aceleração dos conteúdos relacionados à moda irá aumentar o incentivo ao consumismo desenfreado e desnecessário?